
Estoicismo vs. Budismo: Como Lidar com as Emoções?
Dois viajantes estão sentados sob uma árvore, observando o horizonte. Um deles, um estoico, reflete sobre os desafios da vida. O outro, um budista, mantém um olhar tranquilo, como se nada o perturbasse.
— Você parece bem sereno — comenta o estoico. — No estoicismo, chamamos isso de apatheia: um estado onde não somos escravizados pelas emoções. O sábio deve manter o controle e aceitar o que não pode mudar.
O budista sorri de leve.
— No budismo, chamamos isso de equanimidade. Mas, diferente do que você diz, não se trata de controle. É mais sobre deixar as coisas serem como são, sem apego.
O estoico franze a testa.
— Mas sem controle, como evitar ser arrastado por impulsos destrutivos? Raiva, medo, dor… Se não dominamos a mente, viramos reféns das emoções.
O budista respira fundo antes de responder.
— E se, em vez de lutar contra as emoções, você simplesmente as observasse? Elas surgem e desaparecem, como as ondas do mar. Não precisamos reprimi-las, só não precisamos nos identificar com elas.
O estoico cruza os braços, pensativo.
— No estoicismo, distinguimos o que está sob nosso controle e o que não está. Nosso caráter e nossas ações são nossas, mas o destino, a opinião dos outros, a sorte… Isso a gente aceita com indiferença.
— Certo, mas quem é esse “eu” que controla algo? provoca o budista. — No budismo, percebemos que esse “eu” é uma ilusão. Apegamo-nos a ele e sofremos. Quando paramos de nos agarrar a essa identidade fixa, a vida fica mais leve.
O estoico ri.
— Então vocês simplesmente deixam as coisas acontecerem? Não seria passividade?
— Não, porque agir ainda acontece. Só que a ação vem de um lugar diferente. Quando não estamos presos ao ego, conseguimos agir com mais compaixão e sabedoria. Como um rio que não luta contra as pedras, mas flui ao redor delas.
O estoico olha para o horizonte.
— Então, no fundo, queremos a mesma coisa: a paz interior. Só que enquanto vocês se adaptam ao fluxo da vida, nós nos fortalecemos contra ele.
O budista assente.
— Exato. O estoicismo é como uma montanha firme. O budismo, como a água que a contorna. Mas ambos querem alcançar a serenidade.
O silêncio se instala entre eles, mas não é um silêncio vazio. É um silêncio de entendimento.
E você? Prefere a fortaleza do estoicismo ou a fluidez do budismo? deixe seu comentario vamos desfrutar de uma discussão saudável. Seja qual for o caminho, a busca pela paz interior continua.
lembre-se o passado e um presente já vivido.