Sobre Nirupadhi
Onde nada nos prende, e tudo nos pergunta.
Bem-vindo ao NIRUPADHI —
não um templo, mas um abrigo de silêncio e chama.
Aqui, não cultuamos certezas, mas o gesto eterno de quem busca.
Nirupadhi vem do sânscrito.
Significa “sem atributos”, “sem limites”, “incondicionado”.
Mas, para nós, é mais que um nome:
é verbo.
É o ato de nirupadhiar:
buscar, investigar, questionar e refletir,
como quem acende uma lanterna na caverna do próprio ser.
Este espaço nasceu do desconforto com a superfície.
Do cansaço diante do barulho e da pressa.
E do desejo de mergulhar —
na filosofia como prática,
no budismo como caminho,
na história como espelho partido,
no estoicismo como disciplina da alma.
Aqui, falamos de tempo, morte, escolhas, vínculos e vazio.
Do que resta quando se perde tudo.
Do que nasce quando se cala.
Cada texto é uma fresta.
Por ela, entra o pensamento de Sêneca,
a compaixão de Buda,
as contradições de Dostoievski,
as perguntas que Simone Weil deixou em suspenso.
Cultivamos a dúvida como virtude.
E o conhecimento como resistência.
Acreditamos que pensar é um ato moral.
E que viver bem exige coragem —
não para vencer o mundo,
mas para compreender o que nele é vão,
e ainda assim escolher a lucidez.
Somos estoicos, budistas, céticos, inquietos.
Amamos a história não como saudade,
mas como ferramenta para desmascarar o presente.
Vemos na filosofia um gesto de ternura bruta.
E no conhecimento,
uma forma de liberdade interior.
Este é o convite.
Que nirupadhiemos juntos.
Não para chegar a algum lugar,
mas para que a própria jornada
seja a mais íntima das revelações.