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  • 27 de outubro de 2025
  • 1

Tudo o que amamos um dia se vai — e é por isso que vale a pena amar

Há uma ternura secreta naquilo que se despede.
O instante antes do adeus tem um perfume que o tempo não consegue apagar — talvez porque é justamente o fim que nos revela o valor do agora.

Amar é sempre um risco.
Quem ama se entrega ao que não pode possuir, se abre ao que o tempo inevitavelmente transformará.
Mas é esse risco — e não a segurança — que dá densidade à experiência humana.

O estoico aceitaria a perda com serenidade, lembrando que nada é realmente nosso; tudo o que nos cerca é emprestado pela natureza.
Buda diria o mesmo com outras palavras: o apego é a raiz do sofrimento.
E ainda assim, é preciso amar — mesmo sabendo que o amor nos despedaça e nos refaz.

O amor, para quem o compreende, não é um contrato de posse.
É um ato de contemplação.
Amamos o que é passageiro como quem observa a chama de uma vela: não pedimos que dure, apenas que ilumine enquanto existe.

Simone Weil escreveu que “amar a Deus é consentir com a distância entre nós e Ele”.
O mesmo vale para o amor humano: amar é consentir com a separação — é olhar o ser amado e aceitar que ele pertence ao fluxo do universo, não ao nosso domínio.

A sabedoria não está em endurecer o coração, mas em abrandá-lo o suficiente para deixá-lo ir.
Amar, então, torna-se um exercício de desapego: uma reverência silenciosa ao que nasce e morre em nós.

No fim, a perda não é o oposto do amor, mas a sua prova.
É porque tudo se vai que tudo merece ser amado.
E é nesse instante — quando aceitamos o fim sem amargura — que finalmente aprendemos o que é o amor em sua forma mais pura:
um gesto de entrega à impermanência.

Tags:Budismo, espiritualidade, estoico, filosofia, meditação

Nirupadhi

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One Comment

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    30 de outubro de 2025 at 23:21
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Paulo Henrique Matias De Brito

Sou Paulo — melancólico por vocação, estoico por necessidade. Escrevo como quem investiga feridas, atravessa dúvidas e coleciona silêncios. No nirupadhi.com, compartilho reflexões nascidas entre o ceticismo e a fé, o desassossego e o estudo. Busco clareza sem pressa e sentido nas entrelinhas. Escrever, pra mim, é modo de existir.

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